Biden Autoriza Uso de Mísseis de Longo Alcance pela Ucrânia: Novo Capítulo no Conflito
A decisão do presidente Joe Biden de autorizar o uso de mísseis de longo alcance pelos ucranianos marca uma virada decisiva na guerra contra a Rússia. Embora ainda não formalmente confirmada pela Casa Branca ou pelo Pentágono, a informação foi relatada neste domingo (17/11) pela CBS News.
Os mísseis ATACMS (Army Tactical Missile System) são armas de alta precisão, capazes de atingir alvos a até 300 km de distância, permitindo que a Ucrânia atinja bases estratégicas russas. Essa decisão reflete um relaxamento nas restrições americanas sobre o emprego de armamentos avançados, um pedido constante do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O Contexto Internacional
Enquanto Biden participava da cúpula do G20 no Brasil, o Kremlin reagiu à notícia, alertando que o uso desses mísseis pode intensificar as tensões entre a Rússia e os países da OTAN. Vladimir Putin já havia declarado que a introdução de armas como os ATACMS poderia mudar “a essência do conflito”, sugerindo uma possível escalada.
Além disso, as relações crescentes entre Rússia e Coreia do Norte adicionam uma camada de complexidade ao cenário. Pyongyang teria enviado tropas para apoiar Moscou, enquanto os EUA e seus aliados reforçam o apoio à Ucrânia.
O Papel dos ATACMS no Conflito
Os mísseis ATACMS, fabricados pela Lockheed Martin, já demonstraram sua eficácia em ataques contra alvos na Crimeia ocupada, aumentando significativamente a capacidade defensiva e ofensiva da Ucrânia. Especialistas consideram que o uso dessas armas pode equilibrar o campo de batalha, oferecendo à Ucrânia a chance de desferir golpes críticos em infraestrutura e bases logísticas russas.
Com mais de US$ 55,5 bilhões em apoio militar fornecido pelos EUA à Ucrânia desde o início do conflito, a decisão de Biden reafirma o papel de Washington como principal aliado de Kiev, enquanto a guerra entra em uma fase cada vez mais complexa.
O impacto dessa nova dinâmica será acompanhado de perto pela comunidade internacional, temendo que o conflito entre nações se amplie, envolvendo ainda mais potências globais.